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Área do Mural-Grafite

Do Nano ao Macro

O muito pequeno; o muito grande; o que podemos ver; o invisível; as partículas elementares que compõem a matéria; a interação entre elas; a luz... Em suma, a magia da natureza e suas facetas ainda desconhecidas. Essa área lembra os avanços tecnológicos que moveram e movem a humanidade. O que mais surgirá? A difícil (para alguns, inútil) arte da futurologia sempre a nos pregar peças, pois em cada canto inexplorado da natureza há algo à espreita, uma descoberta que, ao ser revelada, muda os rumos da humanidade.

O Grande Colisor de Hádrons (LHC) – máquina que esmaga, por meio de colisões impensavelmente energéticas, diminutos fragmentos de matéria no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), em Genebra (Suíça) – tem participação de brasileira, com vários pesquisadores do CBPF.

O LHC – que pode ser entendido como o mais potente microscópio construído pela engenhosidade humana – investiga a constituição última da matéria e as forças fundamentais da natureza. Foi nessa máquina maravilhosa, com quatro detectores gigantescos, espalhados ao longo de seu anel com quase 30 km de comprimento, que foi descoberto o bóson de Higgs, partícula que confere a propriedade massa a todas outras entidades do vasto zoológico subatômico da matéria. Em seus mais de 60 anos de atuação, o CERN tem dado contribuição inestimável para alargar o conhecimento por trás de uma pergunta simples: ‘De que são feitas as coisas?’, questionamento que começou com os atomistas, há cerca de 2,5 mil anos.

A tecnologia é a faceta mais visível da ciência – esta última feita, na maioria da vezes, de forma desinteressada, sem que haja compromisso imediatista com o ‘Para que serve isso?’. A tecnologia é, em grande parte, a aplicação da ciência básica. No entanto, modernamente, fica cada vez mais difícil traçar uma fronteira nítida entre pesquisas científicas e pesquisas tecnológicas, dada a interdisciplinaridade das áreas. E, não raramente, avanços tecnológicos podem preceder resultados básicos da ciência, e impulsionar a busca por explicações mais fundamentais dos fenômenos.

Nesta parte do Grafite da Ciência, algumas aplicações tecnológicas foram escolhidas para ilustrar a transformação do conhecimento em dispositivos e ferramentas que estão na base do bem-estar e do progresso econômico das nações. Raios X, motor elétrico, engrenagens, internet, avião, foguete etc. Os destaques incluem o telescópio Hubble, que há décadas perscruta o cosmo; a sonda espacial Voyager I, que, depois de visitar Júpiter e Saturno, aventurou-se pelo espaço interestelar, ultrapassando os limites do Sistema Solar; a estação espacial internacional, maravilhoso empreendimento científico de cooperação pacífica mundial. E, como não poderia faltar, uma homenagem à estrutura mais complexa conhecida: o cérebro, com seus hemisférios representados aqui como dispositivos eletrônicos (o hardware) e digitais (o software). No centro desse órgão, uma referência à computação quântica, que promete processamentos ultravelozes.

Esta seção do painel é uma referência ao ser humano como ator responsável pelo uso consciente das aplicações da ciência para a construção de uma sociedade justa e mais igualitária. Nesta parte do painel, a aventura científico-tecnológica prossegue: raios cósmicos, núcleos atômicos ultraenergéticos cuja origem espacial só agora começa a ser desvendada; os grandes observatórios em colaborações mundiais, uma nova forma de fazer ciência na linha da ‘união faz a força’ que tem suas origens no período logo após o fim da Segunda Guerra; os sistemas de radiotelescópios, para análise de sinais astronômicos e visão do cosmo a partir de diferentes formas de luz (micro-ondas, raios X, raios gama etc).

A compreensão da matéria em suas dimensões mais íntimas e do infindável cosmo, com sua fauna de corpos e fenômenos, é a fronteira que o ser humano impôs a si mesmo e que tem sido ampliada desde o início do pensamento filosófico-científico na Antiguidade. É justamente essa busca desinteressada, sem fins práticos imediatistas, que está na base dos grandes avanços tecnológicos ao longo dos séculos. Daí a importância de se lembrar de que, no coração de cada maravilha tecnológica que permeia nosso cotidiano (computadores, internet, celulares, tomógrafos, aviões, carros, medicamentos etc.), está uma boa dose de ciência básica.

“Equipado com seus cinco sentidos, o homem explora o universo ao seu redor e dá à aventura o nome de ciência."

- Edwin Hubble -

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